História

O povoamento do território do município de Riacho das Almas teve início por volta de 1875, quando o Coronel Joaquim Bezerra estabeleceu a sede de sua fazenda de gado em uma área pertencente ao município de Caruaru. Com a construção de um estabelecimento para o descaroçamento de algodão, formou-se um aglomerado ao redor da fazenda, e, com a concentração de população e de atividades econômicas, originou-se a cidade.

Em 1881, foi criada uma feira livre no povoado, que se denominava Riacho das Éguas, pois, nos períodos de seca, os animais bebiam água em um riacho nas proximidades. Nos anos seguintes, ocorreram a construção do cemitério (1888), do açude (1890), da Igreja de São Sebastião (1905) e da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição (1941).

O nome da cidade foi modificado em 1905, pelo padre José Ananias, passando a ser conhecida como Riacho das Almas, em homenagem às almas das vítimas da epidemia de febre bubônica ou tifoide. Com a superação da doença, a comunidade construiu uma capela em homenagem a São Sebastião.

O povoamento do território se intensificou, a ponto de ser elevado à categoria de 5º distrito de Caruaru, em 1920, com a instalação da sede distrital na atual Vila de Trapiá, passando depois para a sede municipal. A independência política foi alcançada em 29 de dezembro de 1953, por meio da Lei Estadual nº 1.818, sendo o primeiro prefeito o Capitão Rômulo Pereira de Morais.

O município de Riacho das Almas conta com uma população residente de 20.639 pessoas, conforme dados do IBGE relativos ao ano de 2022, que habitam em uma área territorial de 313,613 km², dividida em 5 Distritos sendo eles: Riacho das Almas, Couro D’Antas, Pinhões, Trapiá e Vitorino. Permanecendo assim na divisão territorial datada de 2005. Seguidos dos sítios/aglomerados e vilas, são eles: Vila do Rangel, Vila de Patos, Vila de Palmatória e Vila Atalaia. Além da sede municipal.

Atualmente, o município se destaca em diversas áreas: na economia, como participante do Polo de Confecções do Agreste, com a produção de jeans; na agricultura e pecuária, com a produção de mel, abacaxi, macaxeira e a agricultura familiar de maneira geral; como polo esportivo, com a prática das modalidades de ciclismo, voo livre, futebol e corrida de rua; no artesanato, com trabalhos em cipó na Vila Vitorino; e em seus pontos turísticos, com a Rampa do Voo Livre e a Casinha da Serra (na Vila Vitorino), o Balneário de Jucazinho (na Vila de Couro D’Antas), o Centro Cultural Ariano Suassuna e o Marco Zero (Igreja São Sebastião e Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição) no centro da cidade.

Riacho das Almas tem como padroeiro o santo católico São Sebastião, a quem a cidade homenageia anualmente com uma festa tradicional e uma corrida de rua. A cidade é conhecida pelas suas manifestações culturais e eventos, como a Festa de São Sebastião, a Corrida de São Sebastião, a Caminhada do Forró (Cuscuz), o São João de Riacho das Almas, o Festival de Quadrilhas Juninas, o Festival do Frio do Vitorino e a Festa de Nossa Senhora do Livramento.

Fontes: IBGE; FERREIRA, Josué Euzébio (Org.). Riacho das Almas : Memórias da nossa história. Caruaru: Edições FAFICA, 2004. 64 p. ISBN 85-98501-03-4.